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Protagonizado pelos EUA

Hiroxima e Nagasaki: 73 anos depois do bárbaro crime

A 6 e 9 de Agosto de 1945, os EUA lançaram bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki. Mais de 200 mil civis morreram instantaneamente. Muitos milhares morreram das consequências da radiação.

Criança de Hiroxima, 1945
Criança de Hiroxima, 1945Créditos / Obvious

Este crime fica na história como um dos mais bárbaros actos de agressão contra populações civis. Um crime que os EUA procuraram justificar como sendo necessário para derrotar o Japão – país que em Agosto de 1945 já se encontrava à beira da derrota.

Terminada a II Guerra Mundial na Europa, o Exército Vermelho estava em condições, nos precisos termos do calendário acordado na Conferência de Ialta, de deslocar grande número de divisões para o teatro de guerra no Extremo Oriente e passar à ofensiva para esmagar o militarismo japonês.

Em Hiroxima e Nagasaki centenas de milhares de pessoas, civis na sua imensa maioria, foram exterminadas pela mais potente arma alguma vez construída e experimentada: umas nos segundos que se seguiram às explosões; outras nos dias, meses e anos seguintes, vítimas da radiação. Os que escaparam à morte viveram vidas de sofrimento, marcadas pelas permanentes doenças e dramáticas memórias.

As bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki serviram para afirmar a hegemonia militar dos EUA, pela detenção do monopólio da arma nuclear, perante o mundo e, em particular, perante a União Soviética. Com as bombas atómicas sobre Hiroxima e Nagasaki, os EUA inauguram a «guerra fria». Os EUA foram o único país a usar a arma atómica, e assumem actualmente a possibilidade de o voltar a fazer.

Recorde-se que três meses antes, a 9 de Maio de 1945, na sequência da entrada do Exército Vermelho em Berlim, a Alemanha nazi havia assinado a sua rendição incondicional, marcando o fim da mais hedionda guerra de sempre, que fez cerca de 60 milhões de mortos.

Os sofrimentos do povo japonês com a guerra – Tóquio e mais de duzentas cidades também foram bombardeadas – levaram na altura ao desenvolvimento, no Japão, de um poderoso movimento pela abolição da arma nuclear e à consagração na Constituição japonesa da renúncia ao militarismo e à guerra, e à interdição do rearmamento do país.

Também os poucos edifícios que ficaram de pé nas duas cidades japonesas permanecem como testemunhos do crime – para que não se repita. É o caso da «Cúpula Genbaku», no coração de Hiroxima, classificada como «Património Mundial» pela UNESCO em 1996. Funciona hoje como Memorial da Paz daquela cidade.

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