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UGT: «O paradigma dos nossos tempos é visitar os empresários»

O XIII Congresso da UGT foi marcado por palavras direccionadas aos patrões, que «não são inimigos». Carlos Silva apela ao diálogo com o patronato e tem o discurso marcado pela ideia de negociação, concertação e consenso.

Mesa do XIII Congresso da UGT
Mesa do XIII Congresso da UGTCréditos / Presidência

O XIII Congresso UGT, realizado este fim de semana no Coliseu do Porto, definiu a acção da UGT para os próximos quatro anos e elegeu os seus orgãos de direcção. A reunião magna também ficou marcada pelos seus convidados: Marcelo Rebelo de Sousa, Vieira da Silva, Jorge Lacão e Rui Moreira estiveram na mesa do Congresso e discursaram.

No longo discurso de abertura, Carlos Silva abordou os principais temas da actualidade política e sindical e desdobrou-se em agradecimentos aos actuais e antigos dirigentes da UGT. O primeiro presidente da central, o social-democrata Miguel Pacheco, que morreu há pouco mais de um mês, mereceu um tributo especial do secretário-geral, que lembrou também Mário Soares e Sá Carneiro e o seu papel «na consolidação da democracia».

Desafio: patrões olharem os sindicatos como «verdadeiros parceiros»

Carlos Silva, nas duas intervenções que realizou, no início e no fim do Congresso, dirigiu palavras aos patrões. Saudou os representantes das confederações patronais presentes e lançou-lhes o desafio de dinamizarem nas respetivas associações «o espírito construtivo de olharem para os sindicatos como verdadeiros parceiros».

«Os sindicatos da UGT não são vossos inimigos ou até mesmo adversários. Não barrem a entrada aos sindicatos que vierem por bem», disse, acrescentando que a central sindical «não quer mal aos empresários», quer sim que cresçam e que invistam.

«Há quem tenha espécie de urticária quando a UGT fala das empresas, como se não fossem as empresas que gerassem postos de trabalho. O paradigma dos nossos tempos é visitar os empresários, é falar com eles, é dar guarida a muitas das suas preocupações, é apelar pedagogicamente e de forma didática para que abram as portas aos nossos sindicatos e à nossa organização», sustentou.

A política dos consensos e dos compromissos

Foi ainda enfatizado pelo secretário-geral da UGT o princípio de «negociar, privilegiar a concertação social e tentar tudo para haver estabilidade no país». Também a presidente da central sindical, Lucinda Dâmaso, garantiu que a central continuará «sempre disponível para procurar consensos» e «assumir compromissos». A UGT promete que «defenderá sempre a relevância de consensos sociais tripartidos sobre política de rendimentos de médio prazo, incluindo a política fiscal».

A resolução programática aprovada no Congresso destaca o objetivo de promover políticas de crescimento, através do aumento do investimento público e privado, pelas exportações, mas também por via da procura interna, «o que implica um compromisso sobre a política de rendimentos e o reforço da produtividade/competitividade».

Carlos Silva foi hoje reeleito para um segundo mandato de quatro anos como secretário-geral da central sindical, com 84,27% dos votos. No total votaram 585 delegados, tendo sido contabilizados 55 votos bancos e 37 nulos.

Os congressistas também elegeram os 68 elementos que vão integrar o Secretariado Nacional no próximo quadriénio, que conta com 30 novos elementos e reelegeram  a presidente Lucinda Dâmaso, social-democrata.

Críticas sobre a intervenção no sector financeiro

Carlos Silva viu-se obrigado a responder a críticas que surgiram afirmando que a UGT não defendia o sector financeiro, que tem sofrido várias e consideráveis reduções de pessoal.

O dirigente afirmou que tudo fez para apoiar os sindicatos do sector, participando em variados encontros, mas que nunca fez questão de divulgar mediaticamente.

«Com que então a UGT não defendeu o sector financeiro, era o que faltava», afirmou perante os congressistas. Justifica dizendo que «tem tido uma contenção de evitar o conflito pelo conflito, de evitar as manifestações à porta dos bancos e de evitar complicar a vida a quem tenta gerir da melhor forma aquilo que são milhares e milhares de postos de trabalho». Isto mesmo tendo sido «muitos [os empregos que] se perderam nos últimos anos» e mesmo continuando impunes os alegados responsáveis pela actual situação da banca.

Com Agência Lusa

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