O terceiro dia de greve contou «com uma elevada adesão», tal como já tinha sucedido nos dias 8 e 9, de acordo com a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).
O protesto decorreu entre as 6h e as 9h, e repete-se amanhã. Na próxima semana, as paralisações estão de novo agendadas para quinta e sexta-feira.
Os trabalhadores dirigiram-se às instalações da Câmara Municipal de Aveiro, que concessionou a empresa de transportes do município à ETAC (Empresa de Transportes António Cunha), do grupo Transdev, para exigir a sua «intervenção, de modo a ser reposta a legalidade nas relações laborais e para que haja resposta às reivindicações apresentadas».
O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP), numa nota em que anunciou as greves, denunciou que esta empresa «não está a ter em conta o tempo disponível dos seus trabalhadores», o que significa que, apesar de receberem por apenas oito horas de trabalho, a maioria está disponível 12 horas por dia. O subsídio de refeição é inferior a três euros diários.
O protesto realiza-se ainda contra o incumprimento do tempo de descanso diário entre duas jornadas de trabalho, que não deve ser inferior a 11 horas, e pelo aumento do valor do subsídio de refeição.
A estrutura sindical refere que estas questões já foram colocadas à empresa e, através da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), à Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros (ANTROP), mas nada foi alterado. A situação também foi transmitida ao presidente da Câmara Municipal de Aveiro, mas também não houve qualquer resposta.
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