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Trabalhadores da Autoeuropa reafirmam rejeição do agravamento dos horários

Na reunião realizada esta quarta-feira com a administração da Volkswagen Autoeuropa, o SITE Sul/CGTP-IN voltou a afirmar a posição dos trabalhadores: a rejeição do agravamento dos horários de trabalho. Sem uma resposta da administração, a greve mantém-se convocada para o dia 30 de Agosto.

CréditosMário Cruz / Agência LUSA

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) transmitiu novamente à administração da Autoeuropa a posição dos trabalhadores face ao pré-acordo da administração com a Comissão de Trabalhadores, que implica a alteração dos horários para um modelo de turnos contínuos.

A mudança , que exige o trabalho ao sábado «em troca » de compensação monetária, é justificada pela empresa com a produção de 200 mil unidades do novo modelo T-Roc na fábrica de Palmela. No referendo feito ao acordo, 2596 trabalhadores votaram contra e 815 a favor destas alterações.

Segundo o comunicado enviado às redacções pelo sindicato, «a administração quer fazer crer que a rejeição dos trabalhadores se reporta, tão só, às “compensações” por si propostas e não quer admitir aquilo que de facto se passou, que foi a clara rejeição à obrigatoriedade do trabalho ao sábado», lembrando ainda que a retribuição seria inferior àquela que tem vindo a ser praticada na empresa.

A estrutura sindical recorda que «estão salvaguardados na Constituição da República Portuguesa e na legislação laboral os direitos dos trabalhadores à conciliação da actividade profissional com a vida pessoal e à protecção da saúde e segurança no trabalho», direitos estes que a administração, «tendo em vista o aumento dos já avultados lucros, pretende pôr em causa». O SITE Sul sublinha ainda que a lei consagra que «não pode ser unilateralmente alterado o horário individualmente acordado».

O comunicado dá conta de que a administração afirmou «estar a estudar outras possibilidades», tendo o sindicato sublinhado que estará disponível para a discussão de todas as alternativas, «desde que as mesmas não conflituem com os direitos dos trabalhadores».

No seguimento da decisão dos trabalhadores manifestada nas sessões plenárias, o sindicato informa que avançará com a greve para o dia 30 de Agosto, acrescentando que promoverá outro plenário de trabalhadores para o dia 28 de Agosto.

Pressão da administração para impor as alterações de horários

Antes do referendo, a administração da Autoeuropa procurou pressionar os trabalhadores, dirigindo-lhes uma carta assinada por Jürgen Haase, responsável pelos Recursos Humanos e Produção da marca Volkswagen.

«A decisão de escolher esta fábrica para a produção a nível mundial do T-Roc demonstra o grande voto de confiança em vocês e na vossa fábrica», referia a carta, acrescentando que «a Volkswagen investiu aqui muito dinheiro» e que «a fábrica [de Palmela] foi transformada para que possam cumprir o programa de produção exigido», que só seria possível «com um modelo de turnos contínuos», sendo que para tal «a produção aos sábados é inevitável».

A Comissão de Trabalhadores demite-se

A Comissão de Trabalhadores (CT) apresentou esta terça-feira a sua demissão, que ocorre depois de os trabalhadores terem demonstrado de forma massiva que estavam contra o pré-acordo que a estrutura estabeleceu com a administração da Autoeuropa.

Apesar de os trabalhadores, na sua maioria, considerarem o acordo prejudicial, a CT continuou a defendê-lo, lembrando num comunicado que a «necessidade de a fábrica trabalhar seis dias» enquadra-se no modelo existente para «fábricas de grande volume de produção», acrescentando que confirmara a sua «legalidade».

«Conseguimos negociar uma compensação financeira para os horários que a empresa pretende implementar para assegurar a produção do novo veículo T-Roc, sendo que esses horários são legais e deverão ser aplicados pela empresa, apesar desta votação», afirmou o coordenador da CT, Fernando Sequeira, antes de a estrutura ter apresentado demissão.

Este acordo não teve a aceitação do SITE Sul/CGTP-IN, que lembrou num comunicado distribuído na empresa que «não respeitava a vontade manifestada previamente pelos trabalhadores».

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