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Paralisação na Soflusa para exigir investimento

Os trabalhadores da Soflusa realizaram uma greve parcial de duas horas por turno, protestando contra o desinvestimento na empresa e a falta de respostas sobre a revisão do acordo de empresa.

Dos nove navios que possuía, a administração vendeu um «e iria vender mais, se não tivesse sido invertida a dinâmica das privatizações», aponta o sindicato
Dos nove navios que possuía, a administração vendeu um «e iria vender mais, se não tivesse sido invertida a dinâmica das privatizações», aponta o sindicatoCréditosJoão Carvalho / CC BY-SA 3.0

As ligações fluviais entre o Barreiro e Lisboa pararam ontem, durante um período da manhã e outro da tarde, devido à greve parcial dos trabalhadores da Soflusa.

«A adesão à greve no período da manhã foi de 100%. As ligações entre o Barreiro e Lisboa estiveram todas paradas, com excepção dos serviços mínimos decretados, que, apesar de discordarmos, foram cumpridos», informava durante a manhã de ontem, à Lusa, Carlos Costa, do Sindicato dos Transportes Fluviais Costeiros e Marina Mercante, afecto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).

Os trabalhadores continuam sem respostas sobre a homologação do pré-acordo para revisão do acordo de empresa, «firmado com a administração no dia 27 de Dezembro e que não teve, ainda, “luz verde” do Governo, embora a sua data de vigência seja a 1 de Janeiro passado», denuncia a Fectrans numa nota publicada. Também continuam os problemas com a frota que, segundo Carlos Costa, «causam muitas supressões e perturbações nas carreiras».

As organizações representativas dos trabalhadores emitiram uma carta aos utentes da Soflusa onde explicam as razões da sua luta. Esta carta dá conta que a Soflusa «piorou nos últimos sete anos» devido ao desinvestimento, acrescentando que a ideia de privatizá-la levou a que diminuíssem custos com o pessoal, material, reparações e aquisição de novas peças.

O documento dá a conhecer que, dos nove navios que possuía, a administração vendeu um «e iria vender mais, se não tivesse sido invertida a dinâmica das privatizações», sublinhando que dos restantes oito navios da frota, dois têm o certificado de navegabilidade caducado e cinco deles têm o certificado a caducar em Setembro de 2017. Os certificados dos pontões estão também prestes a expirar.

São apontadas pelos representantes dos trabalhadores as consequências desta situação da frota, já que, trabalhando com menos navios, não se consegue praticar os horários em vigor. Como apenas navegam cinco navios na hora de ponta, as suas lotações podem ficar completas.  

Representantes da tutela, do Ministério do Ambiente, garantiram que, até final de Fevereiro, a nova administração iria apresentar um plano de intervenção na manutenção da frota mas, até à data, ainda não se concretizou.

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