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Lutam pelos seus postos de trabalho e contra a destruição da empresa

Milhares de trabalhadores da PT rumam a São Bento

Uma manifestação com milhares de trabalhadores da PT Portugal em greve dirige-se a São Bento. Exigem que o Governo intervenha na situação criada pela Altice de transferência de trabalhadores para outras empresas, o que pode levar ao seu despedimento.

Trabalhadores da PT/MEO fazem greve e protestam contra a transferência de trabalhadores da PT para empresas do grupo Altice, em Lisboa. 21 de Julho de 2017
Trabalhadores da PT/MEO fazem greve e protestam contra a transferência de trabalhadores da PT para empresas do grupo Altice, em Lisboa. 21 de Julho de 2017CréditosAntónio Pedro Santos / Agência LUSA

A manifestação encabeça com faixas assinadas por todas as estruturas representativas dos trabalhadores da PT Portugal, onde se lê que «os trabalhadores reclamam que o Governo impeça a destruição da PT Portugal». Este é o apelo que milhares de trabalhadores vindos de todo o País levam à residência oficial do primeiro-ministro.

Os trabalhadores em greve trazem apitos, faixas, bandeiras, megafones e outros elementos, demonstrando que estão em luta pelos seus postos de trabalho, em risco perante as medidas tomadas pela multinacional francesa Altice – detentora da PT Portugal há dois anos.

Em causa está a intenção de despedimento massivo de trabalhadores, que estão neste momento a ser transferidos para outras empresas, com perda de direitos, e que mais tarde podem vir a ser despedidos ou retransmitidos pela nova empresa.

O secretário-geral da CGTP-IN, Arménio Carlos, presente no local, voltou a lembrar que «a privatização da PT foi um erro», e que urge travar o processo de transferência dos trabalhadores, que todos os dias «são humilhados», para que «se desgastem e abandonem a empresa».

Lembra ainda as coimas da Altice, que continua a violar a lei, sublinhando que «se não respeita a Autoridade para as Condições do Trabalho, o Governo tem que intervir».

Estiveram também presentes delegações do BE e do PCP, esta última integrada por Jerónimo de Sousa, que valorizou a unidade de acção das estruturas representativas dos trabalhadores e apelou à intervenção do Governo, lembrando que os trabalhadores têm que ser valorizados.

O PCP entegou na última quarta-feira um projecto de resolução na Assembleia da República que recomenda ao Governo que «acione todos os instrumentos de que dispõe o Estado português para travar o processo de repressão, assédio e chantagem da multinacional Altice contra os trabalhadores da PT»; e a que se inicie «o processo de regresso da PT ao controle público».

Esta manhã, uma delegação de sindicatos do sector filiados na Frente Militante de Todos os Trabalhadores grega (PAME) entregou uma resolução de solidariedade com os trabalhadores da PT/MEO em greve na Embaixada de Portugal em Atenas.

A 30 de Junho foi tornado público que a PT Portugal iria transferir 118 trabalhadores para empresas do grupo Altice – Tnord e a Sudtel – e ainda para a Visabeira, utilizando a figura de transmissão de estabelecimento, cujo processo, pretende a administração, deverá estar concluído até ao final do mês.

Antes, no início de Junho, a operadora tinha anunciado a transferência de 37 trabalhadores da área da informática da PT Portugal para a Winprovit. Também existem cerca de duas centenas de trabalhadores da operadora que neste momento se encontram sem funções na empresa.

Na sexta-feira passada, a francesa Altice anunciou ter chegado a acordo com a Prisa para a compra da Media Capital, grupo avaliado em 440 milhões de euros. Ficou assim a controlar um dos principais operadores de televisão por cabo (a MEO), a rede de TDT, o canal de televisão com maior audiência (a TVI) e uma das principais produtoras de conteúdos audiovisuais portuguesas (a Plural), passando a deter toda uma cadeia no sector da televisão, envolvendo a produção, emissão e distribuição.

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