A central sindical considera que os dados divulgados, «ainda que insuficientes para avaliar a situação presente da economia por constituírem uma estimativa rápida», desmentem que uma política económica apoiada pela recuperação dos rendimentos põe em causa o crescimento da economia e tem «efeitos desastrosos no emprego e no aumento das importações».
A CGTP-IN lembra que sempre defendeu que o aumento das exportações, uma política de substituição de importações e um maior recurso a energias renováveis «são instrumentos essenciais para reduzir a nossa dependência externa» e que esta reconversão deve ser apoiada na procura interna, que continua a ser o factor determinante do crescimento, «com vista a assegurar a melhoria das
condições de vida dos portugueses e o funcionamento da esmagadora maioria
das empresas».
A Intersindical considera preocupante que a evolução dos salários nos primeiros meses (aumento de 1,6%) aponte para uma estagnação do poder de compra, atendendo a que a inflação está em aceleração, e pode ultrapassar a previsão anual de 1,4% do Governo, confirmando «que o aumento geral dos salários é indissociável de uma mais justa distribuição da riqueza e da procura interna».
A estrutura sindical entende que é necessário que o Governo tome medidas para «expurgar as normas gravosas da legislação laboral, nomeadamente a revogação da caducidade das convenções colectivas, em simultâneo com a reposição do princípio do tratamento mais favorável ao trabalhador», e apela à participação nas manifestações que irão ter lugar no dia 3 de Junho, em Lisboa e no Porto.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui