Em causa está, de acordo com a Comissão de Utentes da Pontinha, uma população «bastante envelhecida», que não possui meios financeiros nem transportes para se deslocar – para Carnide ou para a extensão de saúde da Urmeira, onde parte da população da Pontinha, no concelho de Odivelas, é atendida.
O porta-voz da comissão de utentes esclarece que no Centro de Saúde de Carnide, onde funciona a Unidade de Saúde Familiar (USF) da freguesia da Pontinha, não há médicos de família para todos, não há enfermeiros, não há assistentes técnicos operacionais e falta material para tratar os doentes.
O presidente da Junta de Freguesia de Carnide, Fábio Sousa, também marcou presença no protesto, onde referiu que a situação penaliza igualmente a população de Carnide pois o equipamento, inaugurado em 2014, foi construído para servir apenas esta freguesia.
Entre as soluções apontadas pelo presidente da junta está a transferência de utentes da Pontinha para outras instalações e o alargamento da unidade de saúde de Carnide «pelo facto de ainda termos muitos utentes sem médico e utentes que estão noutro centro de saúde, muito distante da sua zona de residência».
Em resposta ao protesto dos utentes, a Administração Regional de Saúde de Lisboa assegurou ontem ainda que até Junho irá reforçar a USF da Pontinha com mais dois médicos, «resolvendo-se assim o problema dos utentes sem médico de família».
Na mesma nota, enviada à Agência Lusa, refere-se ainda que «muito em breve» serão realizadas obras no centro de saúde de Carnide para criar espaços autónomos entre as duas USF, nomeadamente salas de espera.
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