Mensagem de erro

User warning: The following module is missing from the file system: standard. For information about how to fix this, see the documentation page. in _drupal_trigger_error_with_delayed_logging() (line 1143 of /home/abrilabril/public_html/includes/bootstrap.inc).

No Pavilhão Central da 40.ª Festa do Avante!

Precariedade, um «flagelo social» denunciado pelo PCP

Jerónimo de Sousa visitou hoje e destacou a exposição sobre a precariedade presente na Festa do Avante!. Sublinhou a importância do combate a este «flagelo social» e enfatizou propostas do PCP.

Jerónimo de Sousa visita a exposição sobre a precariedade na Festa do Avante!
Jerónimo de Sousa visita a exposição sobre a precariedade na Festa do Avante!CréditosAna Ambrósio / AbrilAbril

A sala de visitas da Festa do Avante! é o chamado Pavilhão Central, onde decorrem dezenas de debates sobre temas da actualidade política nacional e internacional e onde estão as grandes exposições. Este ano foi dado destaque à precariedade.

Esta exposição denuncia a precariedade existente em empresas e locais de trabalho do país, as suas consequências e objectivos, as propostas do PCP, a luta dos trabalhadores e os seus resultados.

O início da exposição começa com um aviso: «Esta é uma exposição sobre a precariedade. Pessoas mais susceptíveis poderão sentir no decorrer da visita momentos de instabilidade». E de facto o caminho inicial estava cheio de instabilidade. Esta é uma exposição interactiva sobre o problema da precariedade, que, segundo números assinalados na própria exposição, são cerca de 1 200 000 trabalhadores.

«Esta é uma exposição sobre a precariedade. Pessoas mais susceptíveis poderão sentir no decorrer da visita momentos de instabilidade»

Exposição sobre a precariedade, Festa do Avante!

O caminho da exposição é marcado por frases ditas na primeira pessoa, supondo trabalhadores com vínculos precários: «Faço falta todos os dias, mas o meu vínculo é precário», «Há mês a mais para o meu salário», «Trabalho horas a mais, vivo de menos» ou «Como posso pensar no futuro se não sei se trabalho para a semana que vem?».

Passando pelo excerto dos Tempos Modernos, de Charlie Chaplin, que criticou em 1936 a exploração dos operários, passamos por relatos em áudio e vídeo de vários jovens em situação de trabalho precário. O medo incutido nos locais de trabalho que perpetuam situações precárias é outro dos temas abordados neste espaço.

Vários números são apresentados sobre a precariedade. São exemplo os 67,5% de jovens trabalhadores com menos de 25 anos com vínculos precários ou os 600 mil trabalhadores que trabalham a «falsos recibos verdes». É entretanto sublinhado que a generalidade dos trabalhadores com vínculo precário trabalha todos os dias no mesmo local, com o mesmo horário, desempenhando as mesmas tarefas.

A exposição termina com duas mensagens. As propostas do PCP de combate à precariedade: «que a uma tarefa permanente corresponda um vínculo efectivo; o aumento dos salários; a redução do horário de trabalho; o fim da utilização dos «contratos de emprego-inserção», dos «contratos emprego-inserção +» e dos estágios profissionais para suprir necessidades permanentes; o combate ao falso trabalho independente e à falsa prestação de serviços; travar as formas de trabalho não declarado e de contratação ilegal e as várias formas de tráfico de mão-de-obra, trabalho temporário e outsourcing; assim como o combate à contratação a termo em desrespeito pela lei e à contratação a tempo parcial.

[[{"fid":"1652","view_mode":"media_photo_embedded_layout_small_vertical","type":"media","link_text":"expo3.jpg","attributes":{"class":"file media-element file-media-photo-embedded-layout-small-vertical"}}]]

Na segunda mensagem, os comunistas pretendem mostrar a necessidade de continuidade de intervenção e luta dos trabalhadores contra a precariedade e da valorização de «conquistas alcançadas». São dados exemplos de várias empresas, entre os quais a passagem a efectivos de cem trabalhadores da Bosh e da Sonae ou, na Funfrap, a passagem de 50 trabalhadores a efectivos e outros cem de Empresas de Trabalho Temporário que passam a contrato com a empresa.

Os organizadores explicam que esta exposição se insere na campanha que o PCP tem em curso, intitulada «Mais direitos, mais futuro. Não à precariedade!», em que os comunistas afirmam que já realizaram mais de mil iniciativas, incluindo acções e contactos junto de empresas, tribunas públicas, comícios e debates.

[[{"fid":"1654","view_mode":"media_photo_embedded_layout_large_horizontal","type":"media","link_text":null,"attributes":{"title":"Visita de Jerónimo de Sousa à exposição","height":"430","width":"645","class":"media-element file-media-photo-embedded-layout-large-horizontal"}}]]

O compromisso do PCP na acção contra a precariedade

Jerónimo de Sousa visitou hoje à tarde a exposição e declarou à imprensa que o desemprego e a precariedade se transformaram «num flagelo social, que afecta sobretudo as gerações mais novas». Enfatizou a proposta do PCP de que «a um posto de trabalho permanente deve corresponder um posto de trabalho efectivo» e as consequências que pode ter para o trabalhador um vínculo precário, como a insegurança e a incerteza no futuro.

O secretário-geral do PCP sublinhou que, para além do compromisso do PCP em «levantar a bandeira da precariedade» e continuar a intervir nos locais de trabalho, é necessária a acção dos trabalhadores e a sua luta contra o flagelo.

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui