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Reunião magna dos bloquistas começou hoje

Na Convenção do Bloco até Podemos esquecer Tsipras

Convenção do Bloco de Esquerda arranca em Lisboa entre o referendo britânico e eleições em Espanha com o lema «Mais força para vencer».

Bloco regressa ao Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, para a sua X Convenção
Bloco regressa ao Pavilhão do Casal Vistoso, em Lisboa, para a sua X ConvençãoCréditos

A Convenção do BE arrancou ainda no rescaldo do referendo em que os britânicos decidiram abandonar a União Europeia (UE), mas o tom foi de contentamento pela pacificação de um partido onde a proximidade do poder escondeu divisões.

A porta-voz do Bloco, Catarina Martins, entrou em campo para lembrar as medidas do governo do PS que procurou fazer suas, como o aumento do salário mínimo, e outras negociadas à esquerda entre PS, PCP, BE e PEV. Deixou ainda a promessa que, se o Bloco tivesse mais força «o Banif não tinha sido entregue ao Santander» e que o governador do Banco de Portugal «não continuava a assustar o país com ameaças de colapso bancário umas atrás das outras», numa ameaça velada a Carlos Costa.

O palco foi aproveitado para mais um anúncio, neste caso do fim das apresentações quinzenais para desempregados. Mas a pedra de toque foi a comparação com a última Convenção, em 2014. Dois anos e duas eleições parecem ter atenuado as diferenças internas.Mas, num partido de facções, ainda hoje se sente, como na intervenção de Luís Fazenda, as divisões apesar de as principais correntes do Bloco se apresentarem a esta Convenção unidas numa moção de compromisso.

Catarina Martins sublinhou ainda a recente manifestação em Cáceres pelo encerramento da central nuclear de Almaraz, Espanha. «Que bela manifestação fizemos contra o nuclear em Almaraz», disse a deputada bloquista sobre a manifestação que juntou pouco mais de 2 mil pessoas naquela cidade espanhola.

Um encontro entre o Brexit e as eleições espanholas

O referendo britânico dominou grande parte do dia, entre intervenções e respostas aos jornalistas. Depois do anúncio do líder parlamentar de um referendo em Portugal ao Tratado Orçamental, Catarina Martins andou entre o ir e o ficar. Se por um lado defende que «o tempo não volta para trás», considerou que o País «tem de preparar todos os cenários».

Uma das intervenções que mais fez empolgar os bloquistas foi de Miguel Urbán, dirigente do Podemos. Depois do entusiasmo com o Syriza grego e com Tsipras se ter esfriado com a continuação da política de empobrecimento na Grécia, o BE parece eleger o Podemos espanhol como a nova coqueluche europeia. Mas para além da promessa de que encerram Almaraz se o seu partido chegar ao governo, o espanhol só foi capaz de dizer que não repetirão o que os «nuestros hermanos» gregos fizeram, ou seja, continuar a executar o plano imposto pelo directório europeu.

A convenção do BE encerra amanhã pela hora de almoço, quando devem ser conhecidos os resultados das eleições para os órgãos nacionais e serão votadas as moções de orientação política. Os bloquistas preparam-se para voltar a eleger uma coordenadora, Catarina Martins, depois da experiência bicéfala com João Semedo e de uma Comissão Permanente com uma porta-voz terem sido as apostas após a saída de Francisco Loução da liderança.

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