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Miguel Frasquilho confirmado como «chairman» da transportadora aérea nacional

De quadro superior do BES, até à falência, a presidente da TAP

A polémica em torno da nomeação de Diogo Lacerda Machado para a administração da transportadora aérea ajudou a esconder o perfil de Miguel Frasquilho: alto quadro do BES até quatro meses antes da queda do banco.

Miguel Frasquilho durante o lançamento do seu livro «As raizes do mal, a troika e o futuro», em Lisboa. 9 de Maio de 2013
Miguel Frasquilho durante o lançamento do seu livro «As raizes do mal, a troika e o futuro», em Lisboa. 9 de Maio de 2013CréditosMário Cruz / Agência LUSA

Os nomes do novo conselho de administração da TAP, após a conclusão do processo de reversão parcial da privatização da empresa (que o governo do PSD e do CDS-PP tentou formalizar já depois de demitido pela Assembleia da República), foram divulgados pela última edição do Expresso.

A escolha de Diogo Lacerda Machado para vogal foi aproveitada por Passos Coelho para atacar o travão parcial da entrega de 61% do capital da empresa ao consórcio do norte-americano David Neeleman (Azul) e do português Humberto Pedrosa (grupo Barraqueiro).

Apesar da agitação criada em torno do advogado indicado pelo Governo para negociar a reversão da privatização da TAP e a solução para os lesados do BES, o nome com o currículo mais preenchido é Miguel Frasquilho, novo presidente do conselho de administração e destacado militante do PSD.

Ex-BES, ex-governante, ex-deputado, ex-dirigente do PSD

O percurso de Miguel Frasquilho é tão inseparável do PSD como do BES. Foi para o banco, já entregue aos antigos donos, que Frasquilho entrou após uma breve passagem pelo gabinete de Luís Palha da Silva, secretário de Estado de Faria de Oliveira – o ministro que tutelava o Comércio e o Turismo no estertor do cavaquismo.

Em 1996 entra como economista no BES, já com Ricardo Salgado ao leme. Dois anos depois é promovido a economista-chefe e em 2002 transfere-se para o Grupo Espírito Santo (GES), onde pontificavam empresas que se tornaram conhecidas após a falência do banco, como a ESCOM, a ES Enterprises, a ES International, a ES Services, a Eurofin ou a Rio Forte – todas envolvidas no complexo esquema que permitiu delapidar o banco.

Entretanto, é eleito deputado e vai para o governo de Durão Barroso, como secretário de Estado do Tesouro e das Finanças. Sai ainda antes do primeiro-ministro, em 2003, e torna-se director-coordenador da Espírito Santo Research, dirigindo o departamento responsável pelo aconselhamento de investimentos de todo o GES.

Deputado em part-time

Manteve-se até Abril de 2014, acumulando o lugar de deputado até à mesma data. Durante mais de dez anos, passou pela vice-presidência do grupo parlamentar do PSD em dois períodos distintos, presidiu à Comissão de Obras Públicas, Transportes e Comunicações e foi vice-presidente da Comissão Parlamentar de acompanhamento do programa da troika.

Em 2013, integrou a comissão nomeada para desenhar a reforma do IRC, dirigida pelo dirigente do CDS-PP António Lobo Xavier, que motivou a descida do imposto sobre as empresas em dois pontos percentuais em 2014 e em 2015, logo após o «enorme aumento impostos» de 2013, com destaque para a subida brutal das taxas de IRS.

Abandonou todas as funções que ocupava para substituir Pedro Reis na presidência da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), por proposta do anterior governo.

No início deste ano, anunciou que não estava disponível para continuar no cargo, cujo mandato terminou em Abril. Em declarações à imprensa, disse que não ia regressar ao Parlamento a curto prazo, lamentou que a reforma do IRC tenha sido travada pela actual solução política e elogiou Passos Coelho (que o nomeou para a AICEP) pela «coragem extraordinária». Sobre Ricardo Salgado e o BES, sacudiu qualquer responsabilidade: «Mantive com ele a relação que tinha um colaborador com o presidente do banco e, infelizmente, foi ele que conduziu os destinos do Banco Espírito Santo e, infelizmente, sabe-se aquilo que aconteceu.»

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