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Transtejo toma utentes como «vândalos»

Os utentes do Cais do Seixalinho denunciam o «caos» gerado pela supressão de ligações fluviais nos últimos dias e contestam a resposta dada pela Transtejo, que, em vez de barcos, optou por reforçar a segurança privada. «Os utentes não são vândalos», afirmam.

A Transtejo anunciou que iam ser disponibilizados autocarros esta quinta-feira, nos horários de ponta, devido à falta de embarcações
A Transtejo anunciou que iam ser disponibilizados autocarros esta quinta-feira, nos horários de ponta, devido à falta de embarcaçõesCréditosOsvaldo Gago / CC-BY-SA 3.0

Num comunicado enviado às redacções, a Comissão de Utentes do Cais do Seixalinho (CUCS), no Montijo, revela que as supressões se agudizaram entre o final da semana passada e o início desta, em particular segunda e terça-feira, altura em que o intervalo entre ligações fluviais foi de uma hora, «mesmo em período de ponta».

Acrescenta esta comissão que «as ligações de meia em meia hora já não têm a frequência desejada e merecida» nas horas de maior fluxo de passageiros. Os utentes falam de «caos» e denunciam a postura da Transtejo, que, em vez de reforçar o número de navios de modo a corresponder às necessidades dos utentes, teve «uma espécie de resposta musculada». 

A CUCS revela que na manhã desta terça-feira, 23, a empresa reforçou a segurança privada no Cais do Seixalinho e solicitou a presença da Polícia Marítima. Uma atitude que toma como «inqualificável» e «insultuosa» para os passageiros que diariamente utilizam este meio de transporte. «Os utentes não são um grupo de vândalos e recusam-se a ser tratados desta maneira», afirmam no texto.

Admitem que a desorçamentação sofrida pela Transtejo nos últimos anos conduziu à degradação do serviço fluvial prestado pela empresa, «nomeadamente na sua ligação Cais do Seixalinho/Cais do Sodré». Mas não aceitam que isso sirva de pretexto para a «inércia».

«Nas últimas reuniões que a CUCS teve com a recente e anterior administrações foi sempre declarado que seja traçado um plano de manutenção da frota, que contemplava prioridades para evitar a falência do serviço. Hoje vemos que esta promessa está por cumprir e que, mesmo que exista o tal plano de manutenção, ou não está ainda em curso ou, mais grave ainda, é falível a toda a linha», revelam no comunicado. 

Os utentes dizem-se «cansados» de promessas que «têm ficado por cumprir» e exigem respostas por parte do Governo. Pretendem, desde logo, conhecer o plano de manutenção traçado e a respectiva calendarização. E, entre outros aspectos, saber de que forma serão compensados pelos incumprimentos da Transtejo.

Pela defesa dos seus interesses estão disponíveis para encetar um plano de acções de luta, a curto prazo, caso as suas reivindicações não sejam atendidas.

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