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Edil de Loures lembra «cultura de acolhimento do concelho»

Bernardino Soares rejeita declarações xenófobas do PSD

O presidente da Câmara Municipal de Loures diz que as declarações xenófobas do candidato do PSD revelam que «não conhece o concelho nem as suas comunidades» e lembra trabalho da autarquia e a cultura de acolhimento de Loures.

Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures desde 2013. Foto de arquivo.
Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures desde 2013. Foto de arquivo. CréditosNuno Fox / Agência LUSA

O candidato do PSD à Câmara Municipal de Loures, em entrevista ao jornal i, pareceu dar o mote para uma candidatura, então ainda em coligação com o CDS-PP, construída em torno de polémicas. Começou por defender a introdução da prisão perpétua para certos crimes, ou um regime próximo das «medidas de segurança» do regime fascista, ou seja, o prolongamento da pena por tempo indeterminado com base no «índice de perigosidade».

Depois de passar por temas laterais ao concelho a que é candidato (como a sua ocupação como comentador televisivo ou as suas opiniões sobre Justiça), André Ventura revelou a sua principal preocupação com o município: uma alegada «intolerância com algumas minorias». As afirmações valeram-lhe críticas e, já hoje, a retirada do CDS-PP da coligação, enquanto o PSD reiterou o compromisso com a candidatura.

Instando a concretizar, o candidato revelou que a sua preocupação se centra com «a etnia cigana», a quem acusa de ocupar «ilegalmente» imóveis, o «espaço público no meio da rua» e os transportes públicos. Todas estas observações são usadas para que Ventura possa afirmar que «a Câmara [Municipal de Loures] nada faz para os tirar de lá», numa passagem em que fala da Quinta da Fonte, na antiga freguesia da Apelação.

Bernardino Soares, presidente da Câmara Municipal de Loures e candidato nas listas da CDU (PCP-PEV), rejeitou as afirmações de André Ventura, classificando-as como «xenófobas e em confronto com a cultura de acolhimento do concelho, numa primeira fase, de pessoas de todo o País, e, numa segunda fase, de pessoas de todo o mundo», em declarações ao AbrilAbril. As afirmações do candidato revelam que «não conhece o concelho nem as suas comunidades», acrescentou.

Também as candidaturas do BE e do PS criticaram as declarações de André Ventura, sem deixarem no entanto de atacar a gestão da CDU na autarquia. Se as críticas do candidato do BE face ao alegado «silêncio» da CDU rapidamente cairam por terra, a candidata do PS, Sónia Paixão, acusou o executivo municipal de «desinvestimento nas políticas de integração e acolhimento de imigrantes e minorias étnicas».

As afirmações de Sónia Paixão são também desmentidas por Bernardino Soares. «A candidata do PS falta à verdade» e quer aproveitar o caso para se promover, diz, lembrando o «trabalho reconhecido em todo o País» em matérias em que «estamos na primeira linha».

As Festas de Loures, que se iniciam na próxima sexta-feira, têm como mote «Loures, a diversidade que nos une», acrescentou o presidente da Câmara de Loures.

O autarca deu ainda como exemplos a cedência de um terreno para o alargamento do centro de acolhimento do Conselho Português para os Refugiados, na Bobadela, que deve duplicar a sua capacidade, e ainda o trabalho levado a cabo na Quinta do Mocho, onde foi instalada uma Galeria de Arte Pública.

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