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Uma multidão em Buenos Aires contra as políticas de Macri

Na capital argentina, centenas de milhares de trabalhadores mobilizaram-se, esta terça-feira, em defesa do emprego e contra as políticas económicas e sociais implementadas pelo governo de Macri. Também se exigiu o aparecimento com vida de Santiago Maldonado, desaparecido há 23 dias.

Centenas de milhares de trabalhadores argentinos mobilizaram-se, esta terça-feira, contra a agenda económica de Macri
Centenas de milhares de trabalhadores argentinos mobilizaram-se, esta terça-feira, contra a agenda económica de MacriCréditos / Resumen Latinoamericano

Convocada pela Central de Trabalhadores da Argentina (CTA), a Central de Trabalhadores da Argentina – Autónoma (CTA Autónoma), a Confederação Geral do Trabalho (CGT) e múltiplas organizações sociais, a mobilização desta terça-feira juntou uma multidão na Praça de Maio, em Buenos Aires, tendo como objectivo primordial deixar claro o repúdio dos trabalhadores pelas políticas macristas, rejeitar a flexibilização laboral e afirmar o direito ao trabalho digno.

Juan Carlos Schmid, secretário-geral da CGT, foi o único orador no acto final que se seguiu à manifestação e, perante a multidão reunida na Praça de Maio e nas avenidas adjacentes, lembrou as reivindicações que os uniam: aumento imediato das pensões de reforma, fim das intervenções nas organizações sindicais, rejeição das reformas laboral e das pensões, controlo do preço dos alimentos e dos medicamentos, e a declaração de emergência alimentar, por forma a dar reposta aos problemas prementes das camadas mais desfavorecidas da sociedade, informa o Resumen Latinoamericano.

Afirmando que os trabalhadores são «o sector da sociedade» responsável «pela criação de riqueza» e criticando o governo por acusar os sindicatos de «atentar contra as empresas» e serem «um travão ao investimento», Schmid sublinhou: «Estamos frente a um Estado ausente, que se esqueceu de proteger quem se levanta às três da manhã para ir trabalhar», acrescentando que «o trabalho é um direito» e que é «o desemprego que explica o fracasso de qualquer plano económico».

Desde que o actual governo tomou posse, «multiplicou-se a pobreza» e «há milhões de trabalhadores perdidos num labirinto de injustiça», disse, salientando que, se «a imensa maioria dos argentinos quer o progresso, primeiro é preciso resgatar 14 milhões de compatriotas à pobreza, pois eles não têm futuro».

Sobre a possibilidade de uma greve geral «contra os despedimentos, a inflação e os baixos salários», que, segundo o Resumen Latinoamericano, os trabalhadores argentinos «exigem há meses», Schmid adiou a decisão para o congresso da CGT, no fim de Setembro.

Solidariedade e exigência de explicações

No início da sua intervenção, o dirigente sindical expressou a solidariedade dos trabalhadores argentinos com o povo catalão e condenou «qualquer acção terrorista e escalada militar que se pretenda instalar aqui, na América Latina».

Disse ainda que os trabalhadores uniam as suas vozes às dos que exigem explicações pelo desaparecimento de Santiago Maldonado, a 1 de Agosto último, em território Mapuche, na sequência de uma operação policial. Exigindo o aparecimento com vida do jovem, criticou a demora da ministra da Segurança, Patricia Bullrich, em apresentar esclarecimentos.

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