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|Palestina

Protestos contra a detenção administrativa e o isolamento

Três presos palestinianos em greve de fome estão em estado crítico

Um advogado do Comité Palestiniano dos Assuntos dos Presos revelou que o estado clínico de três presos palestinianos é grave, sendo que um deles, em greve de fome há dois meses, «pode morrer a qualquer momento».

Cerca de 7000 prisioneiros palestinianos encontram-se nos cárceres israelitas, 720 dos quais em regime de detenção administrativa
Cerca de 7000 prisioneiros palestinianos encontram-se nos cárceres israelitas, 720 dos quais em regime de detenção administrativaCréditos

O advogado Karim Ajweh visitou, ontem, os presos palestinianos Anas Shadid, de 20 anos, e Ahmad Abu Farah, de 29, que se encontram detidos no Centro Médico Assaf Harofeh, em Telavive, bem como Nour al-Din Amar, com 30 anos, que se encontra em situação de isolamento na cadeia israelita de Ashkelon.

Todos estão a fazer greve de fome. Shadid e Abu Farah, habitantes da aldeia de Surif, no distrito de Hebron (Sul da Margem Ocidental ocupada), foram presos a 1 de Agosto e entraram em greve de fome nos dias 24 e 23 de Setembro, respectivamente, em protesto contra a sua detenção administrativa – um procedimento que permite às forças israelitas manter os presos encarcerados por um período indefinido, com base em informações secretas, sem os acusar formalmente nem lhes permitir ir a julgamento, e sem que eles saibam quando serão libertados.

Ambos se encontravam na prisão israelita de Megiddo em situação de isolamento antes de serem transferidos para o centro médico em Telavive. De acordo com Karim Ajweh, o estado clínico de Shadid, que está em greve de fome há 60 dias e perdeu 24 quilos, é o mais grave dos três prisioneiros. Tem tido problemas no fígado, dificuldades respiratórias, problemas de visão, dores em todo o corpo e grande fraqueza, precisa a agência Ma'an.

Por seu lado, Abu Farah, que está em greve de fome há 61 dias e perdeu 23 quilos, sofre de problemas de visão, atrofia muscular, dores abdominais agudas e fraqueza intensa. Abu Farah «nem sequer consegue estar de pé ou ir à casa de banho», disse Ajweh, sublinhando que o prisioneiro recusou qualquer exame médico até ao momento.

Protesto contra cinco anos de isolamento

O advogado do Comité Palestiniano dos Assuntos dos Presos visitou também o preso Nour al-Din Amar, que está em greve de fome há 20 dias, em protesto contra a imposição de cinco anos de isolamento, de que cumpriu pouco mais de três. De acordo com a família de Amar, o prisioneiro tem um braço partido, na sequência de um espancamento por soldados israelitas, que nunca foi tratado, noticia a Ma'an.

Karim Ajweh revela que Amar perdeu seis quilos, começou a sentir fadiga generalizada e a ter dificuldades a andar, recusando qualquer forma de alimentação e só aceitando beber água. Os seus irmãos Abd al-Salam e Nidal, também presos nos cárceres israelitas, decidiram recentemente abster-se de ingerir alimentos, em solidariedade com o seu irmão mais novo.

Inúmeros presos palestinianos em greve de fome

No último ano, inúmeros presos palestinianos adoptaram a greve de fome como forma de luta por diversos motivos, com destaque para a detenção administrativa, sublinha a Ma'an.

As forças israelitas justificam a aplicação do procedimento – que lhes permite manter os palestinianos encarcerados por um período de tempo ilimitado sem apresentar provas que justifiquem as detenções – com «questões de segurança de Estado», mas a questão tem sido denunciada como uma violação dos direitos humanos por diversas organizações.

De acordo com a associação de apoio aos presos Addameer, em Outubro último mais de 7000 palestinianos estavam encarcerados em prisões israelitas, 720 dos quais sob o regime de detenção administrativa.

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