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José Serra é suspeito de ter ocultado subornos do agronegócio na campanha presidencial de 2010

Supremo Tribunal do Brasil autoriza inquérito contra ex-ministro de Temer

O Supremo Tribunal do Brasil anunciou ter autorizado a abertura de um inquérito contra o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros José Serra por suspeita de omissão de dados na prestação de contas da campanha.

Depois de votar pela destituição de Dilma Rousseff, enquanto senador, José Serra foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros por Michel Temer
Depois de votar pela destituição de Dilma Rousseff, enquanto senador, José Serra foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros por Michel TemerCréditosLula Marques / AGPT

A juíza Rosa Weber aceitou o pedido feito em Junho pelo procurador-geral, Rodrigo Janot, com base na alegada omissão de dados na prestação de contas por parte de José Serra, actualmente senador, durante a campanha eleitoral em 2010, um delito cuja pena pode chegar a cinco anos de prisão, de acordo com a imprensa brasileira.

A denúncia baseia-se nas declarações dos donos do gigante do agronegócio JBS, que atingiram dezenas de políticos, entre os quais o presidente golpista, Michel Temer, que chegou ao poder há um ano, com a ajuda de Serra e do seu partido – que foi recompensado com a tutela dos Negócios Estrangeiros, cargo que abandonou em Fevereiro deste ano, após várias polémicas envolvendo suspeitas de corrupção. Na altura, o candidato presidencial que se opôs a Dilma Roussef em 2010 alegou «problemas de saúde», na sua carta de renúncia.

O empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, disse aos investigadores que a empresa fez donativos não declarados a José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), nas eleições de 2010, perdidas para a presidente afastada, Dilma Rousseff.

Batista garantiu que a campanha de Serra recebeu 20 milhões de reais (6,2 milhões de euros), dos quais apenas 13 milhões (4,1 milhões de euros) foram declarados na apresentação das contas eleitorais ao tribunal.

Serra foi um dos membros do PSDB, o segundo maior partido do bloco que suporta o governo de Temer, que mais instigou o julgamento político que levou à destituição de Dilma Rousseff, no ano passado.

Ao contrário de Serra, de Temer e de outros dirigentes políticos brasileiros que foram protagonistas do impeachment – como Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados e actualmente em prisão preventiva –, Dilma não foi acusada de qualquer crime pela Justiça brasileira nem foi envolvida nos escândalos de corrupção que estão a ser investigados.


Com Agência Lusa

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