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Polícia Militar desaloja famílias do MST em Ribeirão Preto

No sábado à tarde, cerca de 250 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram obrigadas pela Polícia Militar (PM) a abandonar um terreno em Ribeirão Preto, no interior do estado de São Paulo.

A Polícia Militar teve uma atitude intimidatória e violenta na acção de despejo em Ribeirão Preto
A Polícia Militar teve uma atitude intimidatória e violenta na acção de despejo em Ribeirão PretoCréditos

O MST promoveu, no sábado de manhã, a ocupação de um terreno da antiga Estação Experimental de Zootecnia, na cidade de Ribeirão Preto (estado de São Paulo), com o propósito de ali desenvolver a agricultura familiar e estimular a produção de alimentos saudáveis e livres de agrotóxicos, segundo divulgou numa nota.

Contudo, as 250 famílias que participaram na ocupação do terreno – o acampamento Paulo Botelho – foram obrigadas a deixar o local no sábado à tarde, «sob forte ameaça policial», informa o Brasil de Fato, acrescentando que o terreno faz parte de uma lista de 79 imóveis públicos que o governo de Geraldo Alckmim quer vender, com o intuito de arrecadar fundos.

De acordo com Fred Firmiano, da direcção do MST em São Paulo, a Polícia chegou ao local de modo violento, fortemente armada e sem uma ordem judicial. «Disseram que, se não saíssemos em 15 minutos, nos iriam atacar», afirmou, dando ainda conta da detenção de um jornalista que tentava falar com as famílias acampadas.

Só depois da acção de intimidação da PM é que um procurador de Ribeirão Preto se dirigiu ao acampamento para entregar «o mandado de reintegração de posse», tendo prometido às famílias do MST a realização de uma reunião esta semana, para avaliar as suas reivindicações.

Projecto de lei 328

Em Abril deste ano, o governo de Alckmim enviou à Assembleia Legislativa de São Paulo o projecto de lei 328, em que é solicitada autorização para alienar 79 imóveis públicos – na sua maioria, terrenos que albergam institutos de pesquisa em tecnologia agrícola e pecuária – considerados «de pouca utilidade» e cuja venda poderia diminuir a crise fiscal e a perda de arrecadação de receitas no estado».

O MST entende que, com este processo, o estado quer «abastecer os cofres de grandes empresas dos sectores da construção civil, hoje em crise, e muitas delas envolvidas em casos de corrupção». Assim – lê-se na nota –, «as famílias de trabalhadores sem terra que formam o acampamento Paulo Botelho exigem a destinação imediata da área para a Reforma Agrária».

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