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MPPM evoca as mulheres vítimas da repressão sionista

No Dia Internacional da Mulher, o MPPM recorda as mulheres detidas nas cadeias israelitas e apela a que as mulheres portuguesas reclamem a libertação das presas palestinianas, «vítimas da repressão sionista por participarem no combate pela justiça e a independência».

CréditosEPA / Agência Lusa

Numa nota emitida na sua página, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) dirige uma calorosa saudação às mulheres palestinas da Margem Ocidental ocupada e da Faixa de Gaza cercada, que «continuam forçadas ao exílio», e também às palestinianas cidadãs de Israel – «em luta pela justiça e por uma pátria independente, e que comemoram o 8 de Março num contexto de grandes dificuldades». Constrangimentos que derivam da ocupação dos territórios palestinos da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental, por parte de Israel, em violação das resoluções da ONU.

O MPPM aproveita este dia, que é feriado nos territórios administrados pela Autoridade Palestina, desde 2015, para evocar as mulheres como «um elemento essencial de coesão da sociedade palestiniana», presentes em todos os sectores da vida: no trabalho, nas associações, nos partidos políticos, nas manifestações e também no Ensino Superior, onde representam a maioria da população universitária. Mas também para enviar uma «saudação fraterna» às cinco dezenas de mulheres detidas nas cadeias israelitas e a todos os 6500 presos palestianos.

Acrescenta o movimento que, em muitas comunidades, são as mulheres que «carregam a memória da terra, ferida por décadas de opressão, e mesmo assim teimosamente resistente. Elas choram a morte dos seus pais, a ausência dos seus companheiros, a angústia com o destino dos filhos aprisionados, sem nunca deixarem de ser, em cada momento, protagonistas da sua própria história».

Tarab Abdul Hadi, co-fundadora, na década de 1920, da Associação das Mulheres Árabes Palestinas, a primeira organização feminista na Palestina administrada pelo Mandato Britânico, Leila Khaled, guerrilheira e resistente, Khalida Jarrar, deputada no Conselho Legislativo Palestiniano, Suad Amiry, escritora e arquitecta, e Susan Abulhawa, escritora e poetisa. Exemplos de mulheres lembradas hoje pelo MPPM, que enfrentam, a par de muitas outras e de várias gerações, a «violência da repressão, da colonização e do exílio, do silenciamento e da tentativa de destruição da existência cultural palestiniana, com a mesma coragem com que sempre afrontaram preconceitos, discriminações e obscurantismos». 

O Apartheid dos nossos dias

Recorda o MPPM que na Margem Ocidental continuam a crescer colonatos e postos avançados e que o «muro de separação», considerado um «verdadeiro muro do Apartheid», visa cercar os palestinianos da Margem Ocidental e de Jerusalém Oriental.

O movimento reforça que, em Jerusalém Oriental, cuja ocupação é recusada pela comunidade internacional, avança o esforço de judaização. Enquanto que a Faixa de Gaza, ocupada por Israel desde a guerra de 1967, «está sujeita desde 2007 a um criminoso bloqueio e tem sido vítima de brutais agressões». 

Do conjunto de agressões resulta aquela que é considerada a maior comunidade de refugiados do Médio Oriente. Contando com os descendentes, há hoje sete milhões de pessoas impossibilitadas de regressarem aos seus lares e de reaverem os seus bens, depois de terem sido expulsos da sua terra durante a Nakba (catástrofe) de 1948 e também em 1967.

O MPPM recorda ainda que, no interior de Israel, a população palestina (20% da população do país) continua sujeita a uma legislação discriminatória e racista que lhe nega a igualdade de direitos com os judeus.

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