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Greve de fome massiva nos cárceres israelitas

Mais de 1500 prisioneiros palestinianos entraram ontem em greve de fome e já estão a sofrer represálias da parte do Serviço Prisional de Israel. Nos territórios ocupados, milhares de pessoas assinalaram o Dia dos Presos Palestinianos.

Manifestantes numa mobilização de apoio aos presos palestinianos nos cárceres israelitas, ontem, nos territórios ocupados
Manifestantes numa mobilização de apoio aos presos palestinianos nos cárceres israelitas, ontem, nos territórios ocupadosCréditos / The Wire

Em solidariedade com os presos que ontem entraram em greve de fome e para apoiar os cerca de 6500 presos políticos palestinianos actualmente nos cárceres israelitas, milhares de pessoas vieram, esta segunda-feira, para as ruas em várias localidades da Faixa de Gaza e da Margem Ocidental ocupada, como Hebron e Belém, onde as forças israelitas atacaram os manifestantes com balas de borracha e gás lacrimogéneo, informa a PressTV.

A jornada de mobilização estava relacionada com o Dia dos Presos Palestinianos, que ontem se assinalava e que marcou o início de uma greve de fome massiva nas prisões israelitas, lançada sob a liderança do histórico prisioneiro do Movimento Fatah Marwan Barghouti, que cumpre cinco penas de prisão perpétua, mas que não conta com o apoio do ramo prisional da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP).

Com a greve de fome, os prisioneiros palestinianos protestam, entre outras coisas, contra as condições extremas de encarceramento, as torturas, os maus-tratos, a negligência médica e o recurso à detenção administrativa – que permite às autoridades israelitas manter os palestinianos presos, sem julgamento e culpa formada, por períodos de seis meses renováveis indefinidamente.

Entretanto, o Serviço Prisional de Israel já começou a exercer represálias sobre os presos em greve de fome, proibindo-lhes as visitas, impedindo os seus advogados de estar com eles e declarando o estado de emergência em todos os estabelecimentos onde há presos palestinianos, segundo revelou Issa Qaraqe, do Comité Palestiniano dos Assuntos dos Presos, à agência Ma'an.

MPPM, CPPC e CGTP-IN solidários com os presos palestinianos

Por ocasião do Dia dos Presos Palestinianos, o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) e a CCTP-IN emitiram comunicados em que reafirmam a sua solidariedade para com o povo e os prisioneiros palestinianos, e assinalam a greve de fome a que estes ontem deram início.

Ilustrando com dados a «realidade da repressão israelita», no passado e na actualidade, e repudiando de forma especial o regime de detenção administrativa, o MPPM sublinha que a questão dos presos é, «a par do fim da ocupação da Margem Ocidental e do cerco da Faixa de Gaza, do estatuto de Jerusalém e da questão dos refugiados», um dos problemas centrais «para uma solução justa da questão palestina».

A CGTP-IN destaca que, actualmente, milhares de trabalhadores palestinianos «são impedidos de trabalhar, são presos e torturados, e vivem em condições de discriminação e de extrema exploração do seu trabalho». Afirmando que a «condição dos prisioneiros políticos palestinos nas cadeias israelitas ilustra o drama do povo palestino sob a ocupação israelita», a central sindical manifesta a sua disposição para prosseguir a denúncia e a condenação das «práticas de Israel contra os direitos dos palestinos».

O CPPC salienta que a realidade dos presos palestinianos é uma das «mais brutais expressões da ilegal ocupação da Palestina por Israel» e exige a sua libertação. Juntamente com o direito ao regresso dos refugiados, constitui uma das «condições que acompanham a justa e legítima exigência da criação do Estado da Palestina, nas fronteiras anteriores a 4 de Junho de 1967, com capital em Jerusalém Leste», afirma.

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