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Numa semana de intensas mobilizações populares

Governo espanhol recusa diálogo com autoridades catalãs

Madrid mantém-se inflexível perante a situação na Catalunha, com o presidente do governo, Mariano Rajoy, e o rei a recusarem qualquer via de diálogo. Terça-feira foi dia de paralisação total na região.

Manifestação contra a violência policial, em Barcelona. 3 de Outubro de 2017
Manifestação contra a violência policial, em Barcelona. 3 de Outubro de 2017CréditosQuique Garcia / EPA

Cerca de 700 mil pessoas participaram nas mobilizações em Barcelona e outras cidades da Catalunha, na terça-feira, em protesto contra a violência com que as forças de segurança do Estado espanhol procuraram evitar a realização de um referendo à independência da região, sob forma republicana.

No domingo, as intervenções da Guarda Civil e da Polícia Nacional para desmantelar vários locais onde estava prevista a realização do escrutínio resultaram em cerca de 900 feridos de todas as idades.

O rei – uma das peças que os dirigentes catalães pretendem remover da região – fez a sua primeira intervenção após os acontecimentos do fim-de-semana na terça-feira, alinhando com a inflexibilidade assumida pelo governo espanhol. Filipe criticou as autoridades autonómicas e a sua «conduta irresponsável», num discurso que foi entendido, dentro e fora da Catalunha, não só como a defesa da unidade do Estado espanhol mas uma colagem à forma como o governo do PP abordou o processo.

Depois da muito criticada intervenção policial, o governo espanhol continua a recusar os apelos ao diálogo, para o qual o presidente da Generalitat (governo regional da Catalunha), Carles Puidgemont, já se disponibilizou. A escalada retórica atingiu hoje a ameaça velada de uma intervenção militar. O grupo do PP no Senado apresentou uma moção de apoio à acção das forças de segurança e apelando que as instituições utilizem «todos os instrumentos» para garantir «a soberania do povo espanhol» e a ministra da Defesa lembrou que a Constituição espanhola atribui às Forças Armadas a defesa da integridade territorial.

No PP, o antigo presidente do Governo José Maria Aznar já veio a público pedir uma intervenção ainda mais musculada na Catalunha. A alternativa, diz, é a demissão de Mariano Rajoy, que acusa de «inacção», e eleições antecipadas, de acordo como o eldiario.es.

Ontem, os líderes das bancadas no parlamento catalão agendaram para a próxima segunda-feira, dia 9, uma reunião plenária extraordinária para discutir os resultados do referendo de domingo passado e a declaração de independência da Catalunha, com a presença do presidente da Generalitat. Já hoje, o Tribunal Constitucional espanhol suspendeu a reunião, após o recurso do Partido Socialista da Catalunha (referente do PSOE na região).

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