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Assembleia Mundial da Paz no Brasil

Fortalecer a solidariedade entre os povos

O Conselho Mundial da Paz promoveu a realização da Assembleia Mundial da Paz, dias 18 e 19, em São Luís (Maranhão). Na declaração final, destaca-se as ameaças à paz e faz-se um apelo à unidade na luta «pela paz, contra o imperialismo».

A Assembleia Mundial da Paz realizou-se pela primeira vez no Brasil, em São Luís do Maranhão
A Assembleia Mundial da Paz realizou-se pela primeira vez no Brasil, em São Luís do MaranhãoCréditos

A Assembleia Mundial da Paz, órgão máximo do Conselho Mundial da Paz (CMP), decorreu nos dias 18 e 19 de Novembro em São Luís do Maranhão, tendo como anfitrião o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz).

Fórum internacional de movimentos da paz, no qual as organizações nacionais que integram o CMP procedem à análise da situação internacional, debatem e decidem sobre o rumo a seguir na luta pela paz, e elaboram campanhas e acções de unidade em torno dos princípios do CMP, a Assembleia Mundial da Paz realizou-se pela primeira vez no Brasil.

O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), membro do CMP com assento no seu Comité Executivo e Secretariado, e também seu coordenador para a Europa, fez-se representar na conferência. Numa nota, afirma que a este encontro magno presidem princípios como a defesa da autodeterminação dos povos e da soberania nacional, a luta anti-imperialista e anti-colonialista, a luta contra a militarização e as armas de destruição massiva, a defesa de relações internacionais solidárias, de respeito mútuo, regidas pela não ingerência, pela paz.

Declaração final

A assembleia realizada em São Luís, quatro anos depois da que teve lugar no Nepal, terminou com a adopção da declaração política «Fortalecer a Solidariedade entre os Povos na Luta pela Paz, contra o Imperialismo».

«O CMP alerta para [...] o ressurgimento do fascismo, com velhas e novas roupagens»

No primeiro dos seus 61 pontos, a declaração destaca a solidariedade do CMP com o povo brasileiro, que resiste aos ataques antidemocráticos e antipopulares das forças golpistas, na sequência do golpe de Estado parlamentar, judicial e mediático que teve lugar no país sul-americano.

Ameaças à paz

O CMP alerta para os novos perigos e ameaças à paz que o mundo enfrenta, entre os quais refere as intervenções militares contra países soberanos e o ressurgimento do fascismo, com velhas e novas roupagens.

A este título, o conselho sublinha que, desde a sua última assembleia, em 2012, se registou uma grande ofensiva do imperialismo, com expressões visíveis, nomeadamente, na Líbia, na Síria e na Ucrânia; no aumento das despesas militares e da militarização do planeta; nas intervenções na América Latina, destinadas a travar processos soberanos que trouxeram avanços sociais e económicos aos povos; na tensão crescente com a China e a Rússia.

Militarização, NATO, capitalismo

A expansão da NATO é encarada como um dos temas mais prementes na agenda do movimento mundial da paz, na medida em que a Aliança Atlântica é um inimigo da paz e dos povos, e que as suas provocações são tidas como directamente responsáveis pela desestabilização, tensões, violência e guerra no mundo. EUA, União Europeia e NATO continuam empenhados em políticas militaristas de preparação para a guerra, aponta a declaração, na qual a abolição das armas nucleares se impõe como outra das questões de enorme urgência.

«Grande ameaça à paz é também o capitalismo global, sistema dominante [...] cuja natureza exploradora e opressiva se evidencia cada vez mais»

Grande ameaça à paz é também o capitalismo global, sistema dominante guiado pela obtenção do lucro, e cuja natureza exploradora e opressiva se evidencia cada vez mais, com a intensificação da exploração dos trabalhadores e dos povos, ataques aos direitos dos trabalhadores, cortes na despesa pública e a deterioração de áreas como a saúde e a educação.

Respostas e apelo

A declaração enfatiza de igual modo que, na sua tentativa de alcançar a hegemonia global, o imperialismo se confronta, a nível mundial, com o crescimento de uma onda a favor da paz e da justiça, sendo que os movimentos populares assumem um papel cada vez mais destacado na defesa da soberania dos povos.

«Para o CMP, este é também um tempo de esperança, de unir todas as forças consequentes que lutam pela paz e o progresso»

Igualmente salientado na declaração é o facto de existirem organizações como o Movimento dos Países Não-Alinhados e, a nível regional, a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que promovem a defesa da resolução pacífica dos conflitos e se posicionam contra a hegemonia imperialista.

Para o CMP, este é também um tempo de esperança, de evocar as históricas lutas travadas no passado, e unir todas as forças consequentes que lutam pela paz e o progresso em torno de uma grande mobilização capaz de evitar novas tragédias.

Reforçar o CMP é uma tarefa-chave para reforçar a solidariedade entre os povos. Neste sentido, a declaração sublinha que a convergência entre as organizações que são seus membros e as organizações amigas é fundamental para a promoção de uma luta unitária pela paz, a justiça, a soberania popular e nacional, o progresso e um mundo livre de ocupação, opressão, colonialismo, exploração, imperialismo e guerra.

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