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FARC-EP alertam para incumprimento dos acordos por parte de Bogotá

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia-Exército do Povo (FARC-EP) denunciaram, no sábado, que o Governo colombiano não está a respeitar os compromissos assumidos, quando apenas tinham passado dois dias sobre o chamado Dia D.

Iván Márquez, membro da delegação de paz das FARC-EP
Iván Márquez, membro da delegação de paz das FARC-EPCréditos / HispanTV

Iván Márquez, membro da equipa de negociação de paz das FARC-EP, afirmou, via Twitter, que, passados dois dias «da aprovação e da entrada em vigor do Acordo Final», o governo ainda não o está a cumprir no que respeita aos indultos, nem apresenta a Lei da Amnistia.


O representante das FARC-EP referia-se à aprovação do acordo de paz – firmado entre a guerrilha e o Governo da Colômbia no passado dia 24 de Novembro – pelo Congresso, no dia 30 de Novembro, um dia depois de ter passado também no Senado (com 75 votos a favor e nenhum contra).

Ficou então estabelecido que 1 de Dezembro fosse o «Dia D»: o início da fase de implementação do processo de paz, da instalação do mecanismo de verificação do cessar-fogo pelas Nações Unidas, bem como da contagem decrescente para criação de zonas de concentração e agrupamento dos combatentes das FARC-EP, e da entrega das armas. Segundo refere a TeleSur, ambas as partes – guerrilha e Governo – emitiram um comunicado conjunto no qual se declara que 1 de Dezembro é o «Dia D».

Mal o acordo de paz foi aprovado no Congresso, o presidente Juan Manuel Santos veio a público afirmar que, cinco dias após o Dia D, deveria começar a transferência dos membros das FARC-EP para as zonas transitórias de concentração, que todos os membros da guerrilha ali deveriam estar até ao fim do ano e que as FARC deveriam entregar todas as suas armas à ONU no espaço de 150 dias, deixando de existir como grupo armado. Contudo, a guerrilha alertou desde logo para a necessidade de avançar com os indultos e a Lei da Amnistia, no âmbito dos acordos de paz.

Não travar o desenrolar do processo

Neste sábado, Iván Márquez sublinhou que «o congelamento dos compromissos [assumidos] por parte do Governo do presidente colombiano, Juan Manuel Santos, paralisa o desenvolvimento do Dia D, que, no entanto, as FARC-EP têm toda a disponibilidade para cumprir». Uma disposição que Jesús Santrich, outro dirigente do grupo guerrilheiro, também deixara vincada na sexta-feira, em declarações à comunicação social – embora alertando o governo para a necessidade de «tomar medidas que ponham fim aos assassinatos dos defensores dos direitos humanos e líderes sociais».

Para Márquez, iniciou-se agora uma das etapas mais difíceis do processo de paz, a da criação das «bases para a construção da paz» na nação andina. Em seu entender, é preciso estar com «os olhos e os ouvidos abertos», pois a «concretização do que foi acordado é um assunto que diz respeito a todos».

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