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Em 48 horas, cinco camponeses sofreram atentados na Colômbia

Três mortos e dois feridos é o resultado dos ataques perpetrados em vários pontos da Colômbia, na quinta e na sexta-feira passadas, contra camponeses e membros do movimento político e social Marcha Patriótica.

A Marcha Patriótica denuncia o extermínio de dirigentes sociais e agrários na Colômbia
A Marcha Patriótica denuncia o extermínio de dirigentes sociais e agrários na ColômbiaCréditos / Marcha Patriótica

Numa nota, a Marcha Patriótica informa que três membros de organizações que integram o movimento foram assassinados no final da semana passada; outros dois conseguiram sobreviver aos atentados levados a cabo por sicários.

Rodrigo Cabrera, agricultor, líder agrário da zona de Altamira e militante da Marcha Patriótica no departamento de Nariño, é a vítima mais recente da onda de violência contra membros da Marcha Patriótica. Foi morto a tiro no dia 19, no município de Policarpa, quando ia a caminho de casa.

No mesmo departamento, Danilo Bolaños Díaz, membro da Asociación de Trabajadores Campesinos de Nariño (Astracan), sobreviveu a um atentado, no dia 18, quando se dirigia para o município de La Unión, depois de ter assistido a uma reunião pela paz em Leiva.

No departamento de Caquetá, um outro líder agrário, Hugo Cuéllar, sobreviveu a um atentado no município de San Vicente del Caguán, no dia 19, quando regressava do velório de Erley Monroy, assassinado na véspera na mesma região.

Erley Monroy e Didier Losada Barreto, ambos dirigentes da Asociación Campesina Ambiental de Losada Guayabero (ASCAL-G), foram assassinados no dia 18 por desconhecidos. Losada Barreto era dirigente agrário na região de Macarena (departamento de Meta).

De acordo com a Marcha Patriótica, na sequência das denúncias feitas pelo movimento e por organizações de direitos humanos, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, convocou «uma comissão de alto nível» para «tomar acções contra crimes e agressões a líderes sociais».

Por seu lado, a TeleSur informa que uma comissão das Nações Unidas irá investigar os assassinatos de «dirigentes comunitários» ocorridos nos últimos dias na Colômbia.

Carta aberta a Santos

Tendo em conta a gravidade da situação, o Secretariado Nacional das FARC-EP enviou uma carta aberta ao presidente da República, na qual insta o chefe de Estado colombiano a tomar uma posição, perante o povo da Colômbia, no que respeita ao «“Plano Pistola” que tem vindo a ser executado contra dirigentes populares em todo o país».

Para as FARC-EP, a situação é «dramática e preocupante» – mais de 200 mortos só este ano – «sob um completo manto de impunidade», e pela qual são responsáveis os mesmos que lucraram – dinheiro, privilégios e poder – com a guerra e para quem nunca haverá um acordo de paz satisfatório.

Neste sentido, as FARC-EP pedem a Santos que acabe com a guerra suja e tome as decisões necessárias para efectivamente desarticular o paramilitarismo, considerando inadmissível que se mantenha uma cortina de fumo para esconder as responsabilidades de alguns que fazem parte do bloco de poder dominante.

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