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Em vésperas da visita de Benjamin Netanyahu a Washington

Colonos israelitas esperançosos com sinais da administração norte-americana

A recusa da nomeação de um ex-primeiro-ministro palestiniano para enviado da ONU na Líbia satisfaz israelitas, que pretendem avançar com a expansão da ocupação da Margem Ocidental.

Oficiais do Exército dos EUA e das Forças de Defesa Israelitas na cerimónia de encerramento das operações conjuntas anuais, na base aérea de Hazor, Israel. 3 de Março de 2016
Oficiais do Exército dos EUA e das Forças de Defesa Israelitas na cerimónia de encerramento das operações conjuntas anuais, na base aérea de Hazor, Israel. 3 de Março de 2016CréditosMatty Stern / CC BY 2.0

Os EUA bloquearam a nomeação de Salam Fayyad, primeiro-ministro palestiniano entre 2007 e 2013, para enviado da ONU na Líbia. A indicação de António Guterres deixou os norte-americanos «desapontados», que querem travar a «injusta tendência da ONU em favor da Autoridade Palestiniana em detrimento dos nossos aliados de Israel».

A nova embaixadora dos EUA na organização, Nikki Haley, quis dar um sinal de que «daqui para a frente, os Estados Unidos vão agir, não só falar, no apoio aos nossos aliados».

«Israel deve agir com prudência, mas deve agir com rapidez e deve criar o máximo de factos consumados no terreno»

Chaim Silberman, responsável do colonato de Beit El

Apesar de a administração norte-americana considerar que a expansão dos colonatos não é «boa para a paz», já deixou claro que não a considera um impedimento. De acordo com o jornal britânico The Guardian, a visita do primeiro-ministro israelita é vista como «uma oportunidade para construir [novos colonatos] – e renunciar à solução de dois estados».

A extrema-direita e os colonos israelitas nos territórios ocupados ainda não estão satisfeitos com a recente expansão dos colonatos, mais de 6 mil anunciados nas últimas semanas. A intenção parece ser aproveitar a conjuntura para tornar a ocupação num facto consumado. «Israel deve agir com prudência, mas deve agir com rapidez e deve criar o máximo de factos consumados no terreno», afirmou um reponsável pelo colonato de Bei El, fundado em 1977 junto à cidade de Ramallah, ao diário britânico.

O Parlamento israelita, aprovou, na última semana, um polémico projecto de lei que permite ao Estado israelita declarar como propriedade governamental os terrenos palestinianos nos quais foram construídos colonatos de «boa-fé», explica a agência Ma'an – sendo que «boa-fé» se refere a casos em que os colonos israelitas alegadamente não teriam conhecimento de que estavam a construir em terrenos privados.

No seu actual formato, a lei diz respeito a 16 postos avançados, embora outros possam ser abrangidos futuramente, segundo refere a Ma'an tendo por base a imprensa israelita. Estes postos avançados construídos em território palestiniano eram, até à data, considerados ilegais pelo direito israelita, mas todos os colonatos israelitas construídos nos territórios ocupados (na Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental) são considerados também ilegais pelo direito internacional, tal como foi reafirmado na resolução 2334 do Conselho de Segurança da ONU, de 23 de Dezembro de 2016.

A visita de Bejanmin Netanyahu aos EUA tem início amanhã, segunda-feira, e culmina com um encontro com o presidente norte-americano na Casa Branca, na quarta-feira.

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