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Coligação liderada pelos EUA matou pelo menos 19 civis em Raqqa

Pelo menos 19 civis foram mortos na sequência de bombardeamentos efectuados, sábado à noite, pela coligação liderada pelos EUA na região de Al-Kasrat, província síria de Raqqa. Relatório da Unicef destaca sofrimento a que são sujeitas as crianças neste conflito.

Bombardeamento na província de Raqqa (Síria) levado a cabo pela coligação que os EUA comandam (foto de arquivo)
Bombardeamento na província de Raqqa (Síria) levado a cabo pela coligação que os EUA comandam (foto de arquivo)Créditos / PressTV

De acordo com testemunhas e órgãos de informação locais, os ataques aéreos da aliança que os norte-americanos comandam tiveram lugar em Al-Kasrat, no Sul da província de Raqqa, e junto à margem do Eufrates, provocando a morte a 19 civis. As mesmas fontes, referidas pela agência SANA, sublinham que o número de vítimas mortais pode vir a aumentar, tendo em conta o elevado número de feridos resultante dos ataques.

A coligação referida opera no país do Médio Oriente, alegadamente para combater o Daesh, sem autorização do governo sírio, que, por isso, a classifica como «força invasora». Fontes sírias e internacionais estimam que as operações aéreas desta coligação tenham provocado mais de 2000 vítimas civis, das quais os Estados Unidos apenas reconheceram 220, informa a Prensa Latina.

Atentado em Damasco contra peregrinos iraquianos

A Hay’at Tahrir al-Sham, anteriormente conhecida como Jabhat al-Nusra, divulgou um comunicado, este domingo, a reivindicar a autoria das duas explosões que, no dia anterior, atingiram dois autocarros no bairro histórico damasceno de Bab al-Saghir, onde se localizam vários santuários xiitas.

Nas viaturas seguiam peregrinos xiitas iraquianos em visita à Cidade Velha de Damasco. Dados oficiais referidos pela Al-Masdar News indicam que o atentado tirou a vida a mais de 70 pessoas – incluindo peregrinos iraquianos, civis sírios e forças de segurança – e provocou mais de 120 feridos.

País onde os crentes muçulmanos são na sua maioria sunitas, a Síria recebia todos os anos, até ao início da guerra de agressão imperialista, em 2011, milhões de peregrinos xiitas, sobretudo provenientes do Irão e do Iraque. Estes, assim como os locais que consideram sagrados, tornaram-se um dos alvos dos grupos terroristas seguidores da linha wahabista ou ultra-conservadora, promovida pela Arábia Saudita.

Aumenta o impacto do conflito nas crianças

Em 2016, a guerra na Síria teve um impacto sem precedentes nas crianças, afirma o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla inglesa). Num relatório divulgado por este organismo, afirma-se que, o ano passado, pelo menos 652 crianças foram mortas no país do Levante – o que representa um aumento de 20% em relação a 2015. Também se regista o aumento no recrutamento de crianças para combater – mais de 850, ou seja, «mais do dobro das que foram recrutadas em 2015», lamenta.

A Síria está envolvida numa violenta guerra desde Março de 2011, quando as potências ocidentais e os seus aliados regionais – petroditaduras, Israel, Turquia, entre outros – tentaram impor uma mudança de governo em Damasco, recorrendo, para tal, a grupos ditos «rebeldes» e a outros ditos «terroristas».

Neste contexto, a Unicef pede às partes em confronto que encontrem uma solução política para o conflito e que ponham fim às «violações graves contra crianças, em que se incluem a morte, a mutilação e o recrutamento, e também os ataques contra escolas e hospitais».

Solicita ainda que se preste apoio aos governos e comunidades que acolhem refugiados, «destinando-o a crianças vulneráveis», bem como apoio financeiro para os programas de assistência humanitária que a Unicef tem em marcha na Síria.

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