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Alemanha envia 450 soldados para o Báltico para fazer frente à «ameaça russa»

Um contingente militar da NATO, composto por 500 soldados, na sua grande maioria alemães, realizou na quinta-feira uma parada de despedida na cidade bávara de Oberviechtach, antes de partir para a Lituânia, junto ao enclave russo de Kaliningrado.

Os tanques de guerra Panzer Leopard 2 integram a brigada que os alemães vão enviar para a Lituânia
Os tanques de guerra Panzer Leopard 2 integram a brigada que os alemães vão enviar para a LituâniaCréditos / dw.com

O Panzergrenadierbataillon 122, que anteontem se exibiu em Oberviechtach (Sul da Alemanha), inclui 450 soldados alemães e 50 da Bélgica e da Holanda. De acordo com a PressTV e a RT, o contingente que irá ficar no Estado do Báltico, a cerca de 100 km da fronteira com o território russo de Kaliningrado, inclui 26 tanques de guerra e 170 veículos blindados, e será reforçado, até no final de Fevereiro, com mais tropas da Aliança Atlântica – da Bélgica, Holanda e Noruega –, perfazendo um força total de 600 militares.

Esta tropas integram os vários batalhões que a NATO tem estado a enviar para os estados bálticos da Estónia, da Letónia e da Lituânia, bem como para a Polónia, no âmbito da chamada força «dissuasora» contra a «ameaça russa» – uma expressão habitualmente usada por membros da Aliança Atlântica.

Em declarações à comunicação social, Christoph Huber, comandante do Panzergrenadierbataillon 122 (infantaria mecanizada), disse que, nos últimos meses, «efectuaram um treino altamente intensivo», e sublinhou que os soldados aguardavam com expectativa a «grande tarefa».

Este avanço germânico para o Leste europeu foi repudiado pelo principal partido alemão na oposição – Die Linke –, bem como por membros de outras forças políticas, que classificaram as manobras da NATO como «agressivas» e uma «escalada com a Rússia». No entanto, o Bundestag deu o aval a esta jogada, que teve o apoio dos parlamentares da maioria que governa a Alemanha, assim como dos Verdes.

E muitos americanos

Ainda não há duas semanas, chegou ao porto alemão de Bremerhaven a 3.ª Brigada Blindada norte-americana, integrada por cerca de 4000 militares, 87 tanques de assalto, veículos de combate pesados e ligeiros (Bradley e Humwee) e outro material bélico.

Esta brigada seguiu depois em direcção à base militar localizada junto à cidade polaca de Zagan, onde deve permanecer nove meses, num sistema de rotatividade. O envio de contingentes militares da NATO, com forte presença norte-americana, para a Polónia e os três países bálticos, assim como para a Roménia, a Bulgária, a Hungria e, eventualmente, a Ucrânia, leva a efeito uma das decisões tomadas na cimeira da Aliança Atlântica que decorreu em Varsóvia, capital polaca, em Julho do ano passado.

«O Kremlin nega que a Rússia constitua uma ameaça para a Europa e denuncia o avanço da NATO para junto das suas fronteiras, considerando que põe em causa a sua segurança e soberania.»

A 3.ª Brigada junta-se às forças da NATO – assentes sobretudo no aparato militar dos EUA – enviadas para o Leste da Europa no contexto da operação «Atlantic Resolve», subsequente ao golpe fascista promovido pelo Ocidente na Praça Maidan, em Kiev, e à separação da Crimeia da Ucrânia, por via de um referendo, em 2014.

Este é, aliás, um dos motivos que a Aliança Atlântica invoca para justificar o seu avanço para o Leste; outro é o envio de mísseis Iskander, por parte da Rússia, para o enclave russo de Kaliningrado, situado entre a Polónia, a Lituânia e o Mar Báltico. E também há quem refira o incómodo dos falcões da NATO com o poder assertivo demonstrado pela Rússia na Síria.

Tudo isto é enquadrado na expressão corrente e cada vez mais comum de «ameaça russa». No discurso de boas-vindas aos militares seus compatriotas em Zagan, Paul W. Jones, embaixador dos EUA na Polónia, deu disso um exemplo ao afirmar que, «à medida que cresce a ameaça, aumenta o envio de tropas norte-americanas para a Europa».

O Kremlin não vai assistir passivamente

O presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, e representantes dos ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros têm negado que o seu país constitua uma ameaça para a Europa e denunciado o avanço da NATO para junto das suas fronteiras.

Os protestos do Kremlin têm vindo a crescer face à instalação prevista de um sistema de mísseis na Polónia, semelhante ao que já funciona na Roménia, e ao reforço de meios nas manobras militares que a NATO tem promovido no seu «flanco leste», considerando que põem em causa a sua segurança e soberania.

De igual forma, as autoridades russas têm sublinhado que as acções do bloco político-militar imperialista põem em causa a estabilidade estratégica na Europa e alertam que a Rússia não vai assistir de forma passiva ao crescendo da presença militar da NATO «à sua porta».

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