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Fascismo nunca mais

O trabalho com direitos, o fim da precariedade e da desigualdade, a plenitude de direitos políticos, sociais, económicos e culturais, são bandeiras de ontem e de hoje, e condições centrais para a construção de um novo futuro!

A 18 de Janeiro de 1934, a Marinha Grande acordou com um levantamento operário vidreiro contra a fascização dos sindicatos enquadrada pelo Estatuto Nacional do Trabalho. Os revoltosos conseguiram tomar o poder por algumas horas, mas a repressão de Salazar acabaria por esmagar a revolta e enclausurar os revoltosos nos cárceres do fascismo, onde alguns jaziram. Em 29 de Outubro desse ano, 57 marinhenses que participaram no 18 de Janeiro inauguraram o Campo do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde
A 18 de Janeiro de 1934, a Marinha Grande acordou com um levantamento operário vidreiro contra a fascização dos sindicatos enquadrada pelo Estatuto Nacional do Trabalho. Os revoltosos conseguiram tomar o poder por algumas horas, mas a repressão de Salazar acabaria por esmagar a revolta e enclausurar os revoltosos nos cárceres do fascismo, onde alguns jaziram. Em 29 de Outubro desse ano, 57 marinhenses que participaram no 18 de Janeiro inauguraram o Campo do Tarrafal, na ilha de Santiago, em Cabo Verde Créditos

Cumpriram-se ontem 83 anos do levantamento operário vidreiro na Marinha Grande contra o fascismo. Já muito se escreveu sobre o heróico feito da classe operária. Voltar a ele não só cumpre uma homenagem à determinação dos revolucionários de Janeiro, como assinala também um ponto importante, bastas vezes evocado – quem luta nem sempre alcança, quem não luta perde sempre.

Para os revoltosos, em consequência da sua acção contra a ilegalização dos sindicatos, de acordo com o Estatuto do Trabalho Nacional, iluminado pela Carta del Lavoro, de Mussolini, a luta desencadeou uma viagem aos cárceres do fascismo, onde vários jaziram. Foi, aliás, a partir da valente jornada dos marinhenses que o fascismo criou o Campo de Morte Lenta, no Tarrafal, inspirado nos campos de concentração do nazismo.

«A bem da pátria», a ditadura usou a repressão para tentar amedrontar os que, servindo-se do exemplo e coragem dos revoltosos, dotados de uma enorme consciência de classe, alimentassem a ideia de que era possível conquistar a liberdade e a democracia.

Como a força nunca foi barreira das convicções, a violência do regime não conseguiu levar as sementes de futuro que os corajosos marinhenses nos deixaram. E essa foi a sua vitória.

A Revolução de Abril abriu portas a muitas concretizações pelas quais lutaram os operários da Marinha Grande. Mas o seu espírito resiliente deve permanecer vivo nas lutas a travar contra as investidas do capital, que tem esperança de um dia regressar ao sindicalismo por decreto.

O trabalho com direitos, o fim da precariedade e da desigualdade, a plenitude de direitos políticos, sociais, económicos e culturais, são bandeiras de ontem e de hoje, e condições centrais para a construção de um novo futuro!

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