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Dá para pensar!

Entrámos no novo ano e aquilo que sabemos é que essa entidade independente e acima de qualquer suspeita, que é o BCE, ainda não encontrou tempo para se reunir e decidir se aceita a composição do novo Conselho de Administração da CGD.

Paulo Macedo
Paulo MacedoCréditosRicardo Castelo / Agência Lusa

No final de Novembro passado, três meses depois de tomar posse e depois de um longo processo de auscultação junto do Banco Central Europeu (BCE), a Administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) presidida por António Domingues demitiu-se, tendo logo sido anunciado que esta Administração manter-se-ia em funções até ao final de 2016.

Poucos dias depois foi conhecido o novo Presidente da CGD, Paulo Macedo, e foram iniciados junto do BCE, os contactos necessários à formação do novo Conselho de Administração.

Entrámos no novo ano e aquilo que sabemos é que essa entidade independente e acima de qualquer suspeita, que é o BCE, ainda não encontrou tempo para se reunir e decidir se aceita a composição do novo Conselho de Administração da CGD, que lhe foi proposta pelo ministro das Finanças do Governo Português.

Perante isto não deixa de ser estranho que toda a nossa comunicação social, tão lesta ao longo de 2016 a explorar todos os lamentáveis episódios que se registaram em torno do principal Banco do nosso sistema financeiro, tão lesta a dar voz a todos os boatos que alguns, bem conhecidos de todos nós, lançaram em torno da CGD (por alguma razão nomearam durante décadas a sua gente para a Administração e para muitas posições de chefia do banco), não se interrogue por que carga de água um Governo de um país da União Europeia tem o seu principal banco em gestão corrente, não podendo tomar qualquer grande decisão e vendo a sua imagem deteriorar-se no mercado financeiro, enquanto aguarda que suas doutas Exas. decidam pronunciar-se sobre a proposta que têm em cima da mesa?

É estranho ainda que esta mesma comunicação social não se interrogue, por que razão um Estado soberano da União Europeia tem que obter um parecer obrigatório do BCE sobre a sua escolha das pessoas que irão integrar o Conselho de Administração de um Banco Público?

Será que alguém duvida de que se situação idêntica se verificasse com a proposta de nomeação de um qualquer membro do Conselho de Administração de um Banco Alemão, suas Exas., membros do BCE, reuniriam no próprio dia onde quer que se encontrassem, nem que fosse por videoconferência, e nem pestanejariam em relação à proposta que lhes fosse apresentada?

Não é isto preocupante?

Não apetece mandar toda esta gente para aquele lugar que todos nós sabemos?

Até quando vamos aguentar todas estas sucessivas desconsiderações sobre Portugal e os portugueses?

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