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Pós-laboral #9

Um Novo Modelo de Apoio às Artes que vos comunico em desafio. Um filme sobre negros oprimidos (e assassinados) em pleno século XX e um outro sobre um deles que conseguiu fugir a essa opressão e tornar-se ídolo para a eternidade.

Martin Luther King na Marcha de Selma a Montgomery pelo direito de voto, em 1965
Martin Luther King na Marcha de Selma a Montgomery pelo direito de voto, em 1965Créditos / NBC News

Nas artes, todas:

O Ministério da Cultura e a Direcção-Geral das Artes vão apresentar um Novo Modelo de Apoio às Artes. Tem sido difícil perceber quais as ideias que existem para esta reformulação e em que é que vamos ficar, e foi por isso mesmo que os sindicatos, CENA e STE, a Plateia e a Rede trabalharam num comunicado conjunto sobre o que são os seus pontos de consenso para o novo modelo.

A par deste texto, que pode ser lido aqui lançaram também uma campanha pública de produção de textos com opiniões, interrogações, propostas e inquietações. A participação é muito simples, há um selo a circular pelas redes sociais que explica a campanha, e a ideia é, partilhando esse selo, contribuir com um texto grande, pequeno, médio ou minúsculo que ajude na discussão que se quer tornar pública e participada sobre este Novo Modelo de Apoio às Artes. E é de usar #politicaculturalemportugal, para que não se perca nenhum texto.

Portanto para esta semana, a primeira sugestão é um desafio. Vamos a isso? Passem a palavra, pode ser que ela chegue a bom destino.

Nos ecrãs:

1) Por estes dias deu na RTP o filme de Ava DuVernay, Selma. Como obra cinematográfica não é muito mais do que uma história bem contada, com a competência própria dos filmes inspirados em factos reais a que a cinematografia norte-americana nos habituou. Mas o ponto está mesmo aí, a história, a realidade da história.

Fotograma do filme «Selma» Créditos

Estamos em 2017 e há problemas e conflitos raciais em todos os pontos do globo. Mas há sempre uma tentativa de demonstrar que nuns pontos o racismo acontece porque há pessoas más e pouco civilizadas, e noutros pontos o racismo acontece porque a sociedade ainda não conseguiu encontrar os mecanismos para dar os mesmos direitos a todos e todas.

O que aconteceu em Selma, cidade do estado sulista do Alabama, mostra-nos que mesmo aqueles que se advogam tantas e tantas vezes como «os líderes do mundo livre», se esquecem outras tantas vezes de olhar para o seu umbigo. Estávamos em 1965, o presidente Lyndon B. Johnson enviava tropas o Vietname e nos E.U.A. o direito ao voto não era universal. Em Selma, apenas 2% dos negros conseguiam ter o direito de ir às urnas.

Volto a repetir, 1965, há 52 anos atrás, «o mundo livre» era comandado por um país onde o fim da segregação era uma miragem, era talvez mais um daqueles american dream que para tantos não passa(rá) de uma vida de pesadelo.

Cantava Sinatra que se conseguires fazer algo em Nova Iorque, conseguirás fazê-lo em todo o lado. Se em 2017 continuares a ser negro, a viver no Alabama e a ser oprimido porque a tua pele é mais escura do que a do homem branco que ocupou terras de índios e mexicanos, és capaz de continuar a ter uma certa dificuldade em fazê-lo...

2) Esta é daquela que sai do coração e que não podia deixar de assinalar. Estreia esta semana o documentário «Eusébio - A História de uma Lenda», de Filipe Ascensão e, segundo a divulgação oficial do filme, do próprio Eusébio da Silva Ferreira. Não sei se é bom, ou mau, mas é Eusébio, e isso será para todo o sempre selo de qualidade.

Aproveito para lembrar um dos filmes que vi mais vezes na minha infância, chama-se «Eusébio, A Pantera Negra», é realizado por Juan de Orduña, e conta com o próprio a interpretar o papel de Eusébio.

Os tempos são outros, os filmes também são outros, mas foi com este mais antigo, que podem encontrar completo no Youtube, que descobri que o melhor jogador de futebol português nasceu em Mafalala. Casa pobre, mas certamente abençoada.

E o clássico está aí à porta...

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