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Confederação do Turismo Português queixa-se de greve, apesar dos lucros do sector

Os trabalhadores da segurança dos aeroportos têm greve marcada para o fim do ano por aumentos salariais. O presidente da Confederação do Turismo Português pôs em causa a greve, dizendo que vai provocar «um prejuízo muito grande» a um sector que tem divulgado o largo crescimento dos seus lucros.

Estes trabalhadores realizaram uma greve com uma forte adesão no dia 27 de Agosto
Estes trabalhadores realizaram uma greve com uma forte adesão no dia 27 de AgostoCréditos / Sitava

Os trabalhadores dos aeroportos das empresas de segurança Prosegur e Securitas vão fazer greve nos dias 27, 28 e 29 de Dezembro, por ainda não haver acordo sobre o novo Contrato Colectivo de Trabalho.

A Confederação do Turismo Português (CTP) veio ontem declarar que «receia» que a greve dos trabalhadores venha a provocar «um prejuízo muito grande» ao sector.

«Temos que ter muito cuidado quando estas greves extravasam completamente aquilo que está em causa e vêm prejudicar muito uma actividade que hoje em dia – não é demais recordá-lo e penso que todos concordam – tem sido um dos sectores que mais têm contribuído para o desenvolvimento do país», declarou à imprensa o presidente da CTP, Francisco Calheiros.

«Estas "preocupações" que põem em causa a greve, contrastam com a realidade do sector do Turismo. Dados divulgados no final do mês de Setembro, afirmavam que o sector regista há vários anos um crescimento sustentável e que as perspectivas são do seu reforço»

Para o presidente da CTP, «muito mais importante que os três dias de greve» é a imagem que se passa, «são os outros dias».

Estas «preocupações», que põem em causa a greve, contrastam com a realidade do sector do Turismo. Dados divulgados no final do mês de Setembro afirmavam que o sector regista há vários anos um crescimento sustentável e que as perspectivas são do seu reforço. Em 2015, os estabelecimentos hoteleiros registaram 16,3 milhões de hóspedes (mais 8,6% que em 2014) e 46,5 milhões de dormidas (mais 7,0% que em 2014), sendo que o saldo da rubrica Viagens e Turismo da Balança de Pagamentos atingiu 7,8 mil milhões de euros, espelhando um crescimento de 9,5%. Em relação a 2016, os últimos dados divulgados pelo INE comprovam o bom momento que o sector atravessa, registando nos primeiros sete meses do ano 10,6 milhões de hóspedes e 29,9 milhões de dormidas, equivalendo a crescimentos homólogos de 10,7% e 10,2%, respectivamente. No que diz respeito aos proveitos totais registou-se, em termos homólogos, uma subida de 16,7% e 13,4% no rendimento médio por quarto disponível.

Uma luta por aumentos salariais e melhores condições

Em declarações à imprensa, o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), Fernando Henriques, já havia referido que, além do aumento salarial para os próximos dois anos, estão ainda em causa questões como as condições de trabalho, os tempos de trabalho, a segurança e a saúde.

De acordo com o Sitava, uma das últimas reuniões, a Associação de Empresas de Segurança (AES) propôs um aumento salarial de 2,4% em 2017 e de 1,2% em 2018, quando «já havia apresentado uma proposta de 2,5% e 1,5%, respectivamente». Não houve posição por parte da AES sobre matérias pecuniárias.

O sindicato acusa a AES de não ter ouvido as reivindicações dos trabalhadores na greve de 27 de Agosto, querendo que «tudo fique na mesma». Acusa ainda a associação de querer manter os trabalhadores «na precariedade, nos baixos salários e continuar a engordar os lucros».

Os trabalhadores das empresas Prosegur e Securitas são hoje quem assegura o raio-x da bagagem de mão e o controlo dos passageiros, e também dos trabalhadores dos aeroportos.

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